Por Diário Motor
A cada dia, os preços de veículos zero quilômetro sobem no Brasil. Entre constantes altas, sempre há aquelas que assustam pela simbologia do número superado. Barreiras até pouco tempo inimagináveis são ultrapassadas e a “largos passos”. A última delas foi a dos R$ 300 mil por uma picape média, no caso, a Volkswagen Amarok.
Na versão topo de linha, a V6 Extreme, a caminhonete parte de insanos R$ 306.190 e pode chegar a surreais R$ 311.360 com os opcionais, como pintura (R$ 1.520), capota marítima (R$ 1.410) e pacote Black Style (R$ 2.240).
Para se ter uma ideia de quão discrepante os preços da Amarok estão, é só comparar com as versões topo de linha das concorrentes diretas dela.
A segunda mais cara é a Toyota Hilux, partindo de R$ 292.290, a Ford Ranger vem logo atrás por R$ 292.190, seguida por Mitsubishi L200 (R$ 284.990), Chevrolet S10 (R$ 280.390) e Nissan Frontier (R$ 274.990).
Ou seja, mesmo a segunda mais cara custando absurdos R$ 292 mil, ainda é R$ 14 mil a menos que a Amarok. E a diferença para a Frontier é ainda maior, de pouco mais de R$ 31 mil, contando apenas os preços iniciais, sem pintura ou pacotes extras.
Agora, por esse valor, é de se esperar que a Amarok seja a mais completa dentre as seis picapes médias, longe disso. Ela conta com poucos itens diferenciados, como sensores crepuscular, de chuva e de estacionamento dianteiros e traseiros, seis airbags, ar-condicionado digital e dual zone, bancos dianteiros com ajustes elétricos e só.
Não há nenhum auxiliar de condução ou itens voltados à segurança ativa, como assistente ou alerta de frenagem ou monitoramento de ponto cego. Nem mesmo uma chave sensorial ela tem. Sem falar no visual interno defasado, praticamente idêntico ao da pequena Saveiro e que não corresponde aos mais de R$ 300 mil pedidos pela marca.