O ano não começa bem para a produção de veículos no Brasil

O ano não começa bem para a produção de veículos no Brasil

Seguindo os dados de emplacamentos, janeiro foi um mês de queda também na fabricação de automóveis, Anfavea acredita em recuperação
Linha de produção de veículos

Por Diário Motor

A produção de veículos no Brasil seguiu a tendência de queda dos emplacamentos e fechou o primeiro mês do ano no vermelho, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). 

Em janeiro, 145,4 mil veículos saíram das linhas de produção nacional, o que representou uma redução de 27,4% em comparação com o mesmo período de 2021, quando 200,4 mil unidades foram produzidas. Comparado com dezembro, a queda foi de 31,1% (210,9 mil unidades). De acordo com a Anfavea, a queda da produção se deve a alguns fatores. 

Primeiro, janeiro teve apenas 17 dias úteis, o que naturalmente afeta os trabalhos. Além disso, a já conhecida escassez de componentes eletrônicos, em consoante com os impactos da variante ômicron sobre a força de trabalho, prejudicaram ainda mais os números do mês. Apesar do início preocupante, a associação acredita em uma boa recuperação ao longo do ano. 

“Os problemas causados pela ômicron deverão ser amenizados nos próximos dois meses, permitindo um quadro mais próximo da normalidade em todas as atividades. E, mesmo não tendo todos os semicondutores que precisamos neste ano, o nível de escassez será menor que em 2021. Portanto, o único sinal de alerta é para a alta dos juros acima do que era esperado. Isso pode desaquecer o mercado, caso não haja contrapartidas que tragam algum alívio para o orçamento dos consumidores”, aponta Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. 

Entre as exportações, o mês foi atípico, em relação com os demais segmentos da indústria automotiva. Com 27,6 mil unidades exportadas, houve um crescimento de 6,6% em relação a janeiro de 2021, quando 25,9 mil veículos saíram do Brasil em direção a outros mercados. Já em comparação com dezembro, a queda foi de impressionantes 33,5% (41,6 mil exportações).

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