A marca é bem avaliada técnica e comercialmente, a picape, da mesma forma, mas as vendas das Nissan Frontier no Brasil sempre estiveram limitadas no segmento, atrás das eternas lideres Hilux, S10, L200 e Ranger. Curioso e de certa forma compreensível o ritmo repetido de vendas através dos anos, pelo menos de 2018 para cá, 8 mil por ano. No ano passado, porém, a Nissan resolveu intervir na Frontier dando uma mexida geral no visual, no acabamento e na oferta de versões, afinal o mercado, que sempre foi picapeiro, continuou picapeiro mas de produtos de alto nível e valor e a Nissan não podia ficar de fora. O visual melhorou e não foi só na picape, a Nissan, de tradicional estética funcional mas pouco cuidada, investiu em design em todos os modelos e a Frontier foi contemplada com um face lift bem completo, agregado com pequenas intervenções de conforto e utilidade como degrau para facilitar o acesso a caçamba, tampa mais leve para ser acionada com uma única mão, e um oportuno teto solar inédito em picapes.
Oportunos e convenientes também os vários porta-objetos que aproveitam nichos, nada menos do que 27. A caçamba aumentou a capacidade de carga de 1.025 kg para 1043 quilos graças a mais 25 mm na altura do compartimento perto da cabine e de até 50 mm nas laterais perto da tampa. Os ganchos com argola no assoalho suportam até 400 kg. Importante foi o critério de caracterização das versões, 7, de acabamentos e preços que variam entre 245.090 reais até 324.990, todas com motorização 2.3 a diesel, 160 cavalos cambio manual ou as mais equipada com o motor de 190 cavalos e transmissão automática de 7 velocidades. Uma opção intermediaria em preço e conveniência que está sendo objeto de grande interesse no Tecnoshow de Rio Verde é a Atack, com o mesmo conjunto mecânico mas menos equipada e mais disposta ao trabalho e que por isso custa 50 mil reais a menos, 274.890 reais. Sem teto solar, ar condicionado só nos bancos dianteiros, assistência de direção e outros complementos, a diferença de preço é caso a considerar.