Por Diário Motor
A Honda apresenta a linha 2022 das tetracilíndricas da marca, a naked CB 650R Neo Sport Café e a esportiva CBR 650R que, apesar de serem bem diferentes, as duas motocicletas compartilham o mesmo conjunto mecânico com o consagrado motor “four” de 649cc. Apresentadas no final de 2014, desde então às Honda 650 reproduzem por aqui o sucesso alcançado em todo mundo.
Renovadas quatro anos atrás, quando receberam importantes atualizações técnicas no motor, parte ciclística e design, tal evolução resultou no surgimento da CB 650R Neo Sports Café (R$ 47.390), naked inspirada na irmã maior, a CB 1000R, e na esportiva CBR 650R (R$ 49.750), cujo estilo remete imediatamente à superesportiva CBR 1000RR-R Fireblade.
O conceito Neo Sports Café aplicado a CB 650R valoriza as proporções compactas, e destaca o motor quatro cilindros em linha como forte elemento no design. Para a versão 2022, a novidade principal foca no padrão cromático do motor, cuja base e o cabeçote agora são pintados em um tom de bronze, com o bloco dos cilindros permanecendo preto.
Já a CBR 650R se vale de uma nova suspensão dianteira tipo invertido que recebe a tecnologia do Showa (Separate Funcion Big Piston Forks). O chamado “Big Piston”” é cerca de 3,5 vezes maior que o sistema anterior, e proporciona melhor amortecimento com menos pressão de óleo, o que resulta em uma resposta mais rápida e uma ação mais suave para melhor dirigibilidade e ciclística.
A CB conta com iluminação full-LED com farol circular, característico do estilo Neo Sports Café criado pela CB 1000R. A 650R vem também com o painel black out, que traz indicador de marchas e luz-alerta shift-up, que avisa o momento ideal para troca de marchas.
Com o “selo” CBR, a esportiva tem carenagem que aponta o lado agressivo da família, valorizada pelo conjunto óptico duplo e pelas tomadas de ar. O banco em dois níveis termina em uma rabeta essencial, e os semi-guidões fixados sob a mesa superior oferecem posicionamento coerente com a pilotagem esportiva. Ela também tem painel black out em LCD.
As duas motocicletas compartilham o mesmo motor, o consagrado tetracilindro de 649cc arrefecido a líquido que gera 88,4 cavalos a 11.500rpm e 6,13kgfm de torque a 8.000rpm, aliado ao câmbio de seis marchas, embreagem assistida, deslizante e sistema de controle de tração Honda Selectable Traction Control. O chassi, de estrutura de tubos de aço, também é o mesmo.
Requintes técnicos como os pistões de saia assimétrica, cilindros com tratamento para redução de atrito e consumo de óleo fazem par com os comandos de válvulas que atuam diretamente nas válvulas, solução que reduziu o volume do cabeçote.
Outro fator que revela a modernidade do projeto é o sistema de refrigeração, com passagens internas que eliminaram parte das mangueiras externas. A bancada dos cilindros, inclinada 30º à frente, o posicionamento do câmbio e o compacto motor de arranque atrás da bancada ajudaram na obtenção de um motor curto, que traz vantagem para o equilíbrio do conjunto.
O sistema de freios equipado com ABS de dois canais age nos discos dianteiros duplos tipo flutuante. Segundo a marca, os calipers de quatro pistões de fixação radial reduzem torções e favorecem maior sensibilidade e eficiência na frenagem. O disco traseiro tem cáliper de pinça simples. As rodas têm cinco raios duplos com pneus de medidas 120/70-ZR17 na dianteira e 180/55-ZR17 na traseira.