O Opala foi lançado em 1968 como novidade absoluta da General Motors que, à época, só produzia caminhões e picapes. Derivava do alemão Opel Rekord e chegou inicialmente só na versão 4 portas e com duas opções de motor, 4 cilindros 2.500 cm3 e 6 cilindros 3.800. Em 1970 pintou a versão esportiva SS, ainda só com 4 portas, com acabamento especifico, volante de 3 raios, rodas esportivas, painel com conta-giros e faixas
esportivas com a inscrição SS nos para-lamas. Estreou o motor 4.100, evolução do 3.800, bancos individuais e câmbio de 4 marchas com alavanca no assoalho. A carroceria 2 portas só chegou no ano seguinte, naquela época, o comprador brasileiro dava preferência absoluta e exclusiva para os carros de 2 portas, 4 portas só taxis e raros senhores, era carro de velho.
O motor 250 S teve uma historia peculiar. Bob Sharp, piloto carioca a época competindo na antiga Divsão 1 com Opala se ressentia, assim como outros pilotos que corriam com esse modelo, da falta de potência do 4.100 para concorrer com o Ford Maverick Quadrijet V8 5 litros. Mandou uma carta à GM que foi levada em conta mas o regulamento da categoria, que a Confederação Brasileira de Automobilismo redigiu, exigia um
mínimo de 5 mil unidades produzidas em 12 meses para homologar motores na Divisão 1 que, por conceito, apenas admitia carros de série com preparação limitada. Uma brecha no regulamento, descoberta por Clovis Maia no texto da Federação Internacional, entretanto, admitia uma versão denominada de VO, Variante Opcional, que não exigia mínimo. Regulamento internacional superintende os nacionais e,
pronto, o entrave legal esportivo estava resolvido ! Sharp foi colocado em contato cm o engenheiro Roberto Beccardi e ambos estudaram as modificações mecânicas que poderiam ser tecnicamente introduzidas. O motor, de 113, passou a desenvolver 153 cavalos, mantendo os mesmos 4.100 cm3 ou 250 polegadas cubicas. Nasceu assim o 250 S que passou a dividir com os Quadrijet as vitorias nas corridas nacionais.