Por Diário Motor
Apesar de todas as incertezas, da crise gerada pela pandemia de coronavírus e dos impactos causados pela insuficiência de matérias primas, em especial os semicondutores, a produção nacional de veículos fechou 2021 de forma positiva, quando comparada com 2020, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Em 2021, 2.248.253 veículos saíram das linhas de produção nacionais, o que representou um aumento de 11,6% em relação a 2020 (2.014.055). O último mês do ano também se mostrou positivo. Com 210.925 veículos produzidos, dezembro foi 2,5% melhor que novembro (205.720) e 0,8% que o mesmo período de 2020 (209.296).
“A crise global de semicondutores provocou diversas paralisações de fábricas ao longo do ano por falta de componentes eletrônicos, levando a uma perda estimada em 300 mil veículos. Para 2022, a previsão ainda é de restrições na oferta por falta de componentes, mas em um grau inferior ao de 2021, o que projeta mais um degrau de recuperação”, aponta Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Entre os caminhões, a alta do acumulado do ano foi bem mais significativa. Em 2021, 158.810 unidades foram produzidas no Brasil, o que representa um crescimento de impressionantes 74,6% em relação a 2020 (90.936). Já dezembro (12.395) apresentou uma melhora de 18,2% em relação ao mesmo mês de 2020 (10.485), mas uma queda de 13,8% comparado com novembro (14.380).
As exportações também apresentaram uma boa recuperação. Ao todo, em 2021, 376.400 veículos saíram do país em direção a outros mercados, uma alta de 16% em relação a 2020 (324.300). Em dezembro, foram 41.600 unidades exportadas, crescimento de 48,4% comparado com novembro (28 mil) e de 8,3% para o mesmo período do ano anterior (38.400).