Por Diário Motor
Além da crise sanitária causada pela pandemia do coronavírus, o setor automotivo brasileiro – e mundial – se viu diante de uma escassez de diversas matérias primas, principalmente os semicondutores, que impactaram na produção e venda de veículos.
Mesmo com um cenário adverso, o mercado brasileiro de veículos conseguiu fechar 2021 com 3.497.077 unidades emplacadas, o que representa uma alta de 10,57% ante 2020 (3.162.654), dentre todos os segmentos, segundo números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Apesar de ter fechado no “azul”, o segmento mais importante de todos, o de veículos leves, teve uma alta quase simbólica, de apenas 1,21% (1.974.431 contra 1.950.754). Entre caminhões e ônibus, puxados pelos primeiros, a alta foi de consideráveis 35,13% (145.123 contra 107.392).
Outra categoria importante, as de motocicletas, também teve números expressivos, com 1.157.369 emplacamentos em 2021 contra 915.473 de 2020, alta de 26,42%. Implementos rodoviários, apesar de impactarem menos no geral, também tiveram um crescimento exponencial de 34,14% (90.398 contra 67.392).
“Os números estão bem próximos aos divulgados em nossas últimas projeções. O ano de 2021 foi complexo, em diversos aspectos. Ainda vivemos uma crise global, de abastecimento de insumos e componentes na indústria, e novos desafios têm surgido para o setor, como os constantes aumentos nas taxas de juros, que vêm impactando nos financiamentos. Ainda assim, conseguimos fechar o ano de 2021 com o 12º melhor resultado, desde 1957”, afirma José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave.
Dezembro especialmente não foi um bom período para os automóveis. No último mês do ano, foram emplacados 193.555 veículos, uma queda de 16,84% comparado com dezembro de 2020 (232.744), mas alta de 20,21% em relação a novembro (161.016).
As motocicletas fecharam dezembro com saldo positivo de 13,74% em relação ao último mês de 2020 (112.403 contra 98.822) e de 5,55% comparado com novembro (106.496). Caminhões e ônibus também ficaram no “azul”, com alta de 20,87% entre dezembro de 2021 e do ano anterior (13.524 contra 11.189) e de 13,36% em relação a novembro (11.930).