Antes que as versões atualizadas do Sandero cheguem, estão
previstas para entrar nos catálogos em maio ou junho, os
marqueteiros da Renault sabem que um empurrão nas vendas
do modelo atual é sempre bem vindo e nada como um retoque
esportivo para aguçar o apetite de quem compra. E, pronto,
surge no final do ano uma serie especial de 3.500 unidades que
chacoalha os concessionários e agita o mercado, ainda mais que
o Sandero GT Line 1 ponto zero ganhou retoques visuais
chegados ao esportivo. E, para ajudar, um preço ligeiramente
mais camarada, R$ 49.190, na versão equipada com o motor 1
ponto zero, 3 cilindros, flex, 82 cavalos com etanol, 79 com
gasolina.
O visual externo foi acelerado com aerofólio traseiro, saias
laterais e rodas de liga leve em tom grafite, mais jovem, claro,
do que as versões caretas Autentique ou Expression, mais
comuns no tráfego urbano. Mas é só. Se o comprador quiser
desempenho mais compatível com o aspecto do carro só
pagando $ 58 mil reais pela versão com motor 1 ponto 6, de
118 cavalos e nem por isso terá um foguete nas mãos. De
qualquer forma, para um trânsito urbano, o GT Line satisfaz,
ainda mais se você levar em conta o espaço, ponto alto do
modelo, entre-eixos de 2 metros e 59 centimetros, porta-malas
de 320 litros.
O motor 1 ponto zero é a mais recente evolução da engenharia
da Renault, lançado dois anos atrás para equipar toda a gama.
Traz o cambio manual de 5 marchas que, para atender a
condição multivávula do motor, exige rotações um pouco mais
elevadas para aparecer o torque. Daí o consumo relativamente
baixo e a leve hesitação para as retomadas na estrada. Na
cidade, porém corresponde tanto em consumo com em
performance. Acabamento interno não é o forte, controle de
custo tem seus contrapesos mas o GT Line já vem com ar
condicionado, direção eletro-hidraulica, trio elétrico,
computador de bordo, multimedia com touchscreen. No custo
beneficio, vale a pena.