A Lei Seca, legislação que pune a condução sob o efeito do álcool, está completando 11 anos sem que tenha cumprido integralmente o que prometia: reduzir radicalmente as mortes no trânsito provocadas por motoristas bêbados. Houve avanços, as taxas de mortalidade no Brasil caíram 3 décimos percentuais em cada grupo de 100 mil habitantes, mas a verdade é que milhares de brasileiros continuam morrendo nas ruas e estradas ou porque beberam e dirigiram ou porque foram vitimas que quem o fez. A lei seca foi ficando mais rigorosa e, desde o ano passado, índices de 0,34 miligramas de álcool no sangue são suficientes para que o agente de trânsito leve o motorista direto a uma delegacia para lavrar o flagrante. Se houver vitima fatal, o crime passa a ser de homicídio culposo, pena de cadeia de cinco a oito anos. Lei nós temos, o que ainda não temos é consciência coletiva.