O Black Hawk chegou em meados do ano passado já como versão esportiva e evoluída do Compass ano-modelo 2025, bem mais potente e com retoques na suspensão e nos freios não só para adequar o comportamento a uma condução mais agressiva mas também para não perder a suavidade e conforto de um veículo para a família de 4 metros e 40 centímetros de comprimento com mais de 1700 quilos de peso.

Talvez não precisasse de tudo isso para se manter líder do segmento dos suvs médio, posição que ele ostentou durante toda a temporada. Mas potência não faz mal a ninguém e o motor Hurricane 4 de 272 cavalos estava ali mesmo, já era adotado no Commander e na Rampage e, além da vantagem significativa dos 87 cavalos a mais sobre o 1.3 turbo, ainda integraria a linha Jeep completa, ponto para a logística afinal as plataformas são as mesmas.

E bota potência nisso, mesmo que o marketing não imponha. 272 cv, a 5.200 rotações, 40,8 kgfm a 3.000, turbo pulsativo, variadores de fase nos comandos e injeção direta, tudo acoplado ao câmbio automático de 9 marchas e sistema de tração integral automática, conjunto já usado nesta mesma plataforma. O charme que quase passa despercebido é a dupla saída do escape….

Não falta desempenho, às vezes até sobra e convém prestar atenção à pressão sobre o pedal do acelerador, não fizemos medições mas sentimos a pressão no banco mas sem sustos, afinal a tração integral está lá para resolver.  Também não assusta o consumo, na estrada a suavidade de marcha é impressionante e o nível interior de silencio, mesmo com o escape duplo a mostrar serviço de vez em quando.

Visualmente não há grandes diferenças com relação ao Compass S, ligeiro retoque na grade dianteira e em pontos espalhados para justificar o apelido e o preço.

O preço, ah, o preço, R$ 279.990 reais, a versão incorpora itens exclusivos e visual mais esportivo, rodas de aro 19 e freios vermelhos, além de porta-malas com abertura elétrica e interior com acabamento em couro. Claro que o preço deve ter influído para que o Compass tivesse perdido a liderança do segmento dos suvs médios em 2025, daí a admitida política de descontos aplicada pela empresa. Mas não foi só, o Corolla Cross encarou e o vem derrotando, o projeto de 2016, reestilizado em 2021 já se ressente também frente à fortíssima concorrência dos chineses em especial do Haval H6, hibrido de 393 cavalos combinados e de preço diretamente equivalente.